segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A saudade que eu gosto de ter

Hoje tenho aula à noite, Direito Administrativo - troço chato pra caramba - ainda bem que o bom professor faz torná-la suportável, mas não é dos estudos que eu quero falar...
Voltei para casa rapidamente após a aula, pois sabia que havia esquecido a chave, às 09h00 em ponto o porteiro sai e na possibilidade de não ter ninguém em casa, eu ficaria presa pelo lado de fora... ufa, deu tempo o porteiro ainda estava lá. Mas como o pensamento atrai, ao tocar a campainha do apartamento, não tinha ninguém em casa e depois de andar de um lado para o outro no corredor, decidi sentar-me na escada. Para passar o tempo, comecei a contar tudo que tivesse forma à minha volta. Descobri que são 50 os azulejos da parede, 126 as aberturas na entrada de luz e 11 os degraus da escada que separam os andares. Como você sempre me vem de súbito e eu estava classificando coisas, decidi eleger dentre toda a infinidade de coisas, o que mais sinto falta quando o assunto é VOCÊ. Cheguei à conclusão de que é TE BEIJAR. Lembrei do nosso primeiro beijo, tímido... e de repente os pensamentos saltaram para a segunda noite de festa, nos conhecíamos melhor, nos aproximávamos com menos pudores, e permanecemos ali um pouco afastados do som alto e da muvuca que formavam próximo a ele -  quase pude sentir de novo cada sensação - entre uma dança e outra, às vezes concomitantemente, nos beijávamos com paixão, rápido, intenso, apertávamos mutuamente nossas costas, fazendo com que nossos corpos ficassem o mais próximo possível, até perder o ar... parávamos e ao respirarmos fundo, saíamos daquela espécie de transe. O elevador, o sofá da sala... você é a saudade que eu gosto de ter.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Sobre saudade...


Quem me conhece sabe da paixão que tenho pelo Direito Penal, sendo, portanto, quase impossível competir com este, mas deixe eu te contar um segredo: - você ganha fácil. Parei agora à tarde para estudar um pouco e a cada artigo você invade cada pensamento, ocupa cada espaço, me rouba de mim. Rendida, deito-me de bruços como a gente costumava  ficar, se olhando... falta-me teus olhos - azuis como o céu - teu sorriso perfeito, falta-me você ao alcance dos meus braços para abraçar tão mais tão forte que parecia possível torná-lo um pouco parte de mim.
Há exatos 15 dias, numa tarde como esta, acabava nossa semana perfeita. Parece loucura e talvez muitos nem compreendam o que significou, muito menos como é possível apegar-se tanto a alguém em apenas 6 dias, talvez encontrem explicações em máximas: não foi a quantidade de dias, foi a intensidade do que a gente viveu. Era como se já nos conhecêssemos há tempos...
É uma mistura louca de sensações. Lembrar é sempre um grande alento, mas me traz uma dolorosa saudade. Pensar que talvez nunca mais nos veremos ou sonhar que, planejado ou acaso o destino nos coloque frente à frente, inesperado como nos apresentou. Ruim é pensar na possibilidade de nos perdermos no tempo, separados por tantos quilômetros, só sei que passados estes dias você continua tão vivo em mim como quando eu sabia que à noite teria cultural e eu iria te ver.
Certo é que cada lugar me lembra você, hoje tinha um casal sentado no morrinho, no mesmo lugar em que nos sentamos - é, eu sorri comigo mesma, feito boba .
De tanto você me inspirar, falta-me inspiração, eu não sei escrever, não dá para colocar no papel, só para sentir o bem que você me fez e essa falta gigante que corrói. 


Eu só queria que já tivessem inventado o teletransporte.

                                                                               C.M  c2

domingo, 31 de março de 2013

Um dia, um adeus...

Não faço ideia há quanto tempo não derramara uma lágrima por você, por nós, pela nossa história, mas hoje veio de súbito, na verdade não entendi de pronto o motivo delas, o coração sempre entende certas coisas primeiro que o cérebro.
Sabe, eu achava que tinha superado isso tudo, na verdade ainda acho. Não por ser forte ou por vontade, mas por entender a inviabilidade de nós. Mas é um superar que ainda guardava uma ponta, sei lá de que, não dá para chamar de esperança, antes milagre, uma vez que eu sei, tão certo como dois e dois  que você nunca conjugou verbos no futuro para nós.
Quando eu olho para tudo e para trás, eu imaginava tudo tão diferente... numa inocente ilusão de que o nosso problema era a distância, hoje percebo o quanto estarmos fisicamente perto só fez com que nos tornássemos mais distantes...
Parece brincadeira, trilharmos o caminho um do outro, desordenadamente. Um elo às avessas que nunca se desfaz. Tudo coaduna para que se prolongue... a vida não me deu você de presente, mas parece querer que eu te carregue pra sempre, ainda que seja só nas lembranças... está se tornando um fardo pesado demais de se carregar.
Acho que a tristeza vem da certeza de que não vou mais te ter há alguns minutos de mim, de saber que não vamos nos ver depois de uma conversa à toa, despretensiosa, mas cheia de pretensões. De saber que não vai adiantar te procurar em todos os rostos, enquanto ando na rua (ainda que nesse tempo todo eu nunca tenha de fato te encontrado), nunca deixei de procurar. De não poder estragar suas coisas (risos), te passar café sem açúcar ou fazer uma massagem depois de um dia estressante, sair pra rua pra resolver suas coisas e me sentir importante pra você, (eu nunca me esqueceria do pára-unhas), dividir a cama de solteiro, ver você reclamar porque eu falo alto ou me explicar coisas de exatas que eu jamais compreenderia e conversar sobre coisas normais (às vezes nós conseguíamos), ver você me colocando defeitos, dando língua feito menino traquino, sorrindo de coisas bobas, (já mencionei que eu adoro ver teus olhos 'desaparecerem' enquanto você sorri, né?) Observar a sua destreza canhota, dizer que suas letras 'dão pra ler', quando na verdade são lindas, te ver brigar com a máquina de lavar e comigo por tentar te ajudar, ter meu dedinho do pé esmagado pelo rodo mal manuseado, me irritar por você fazer quase tudo errado e mesmo assim ter parecido sempre perfeito pra mim, te fazer cafuné enquanto você deitava em meu colo, acordar mais cedo e ficar te olhando dormir, deitar no teu peito e sentir a segurança do eterno no efêmero, te ouvir me falar sempre a verdade, ainda que doesse e estragasse o momento, de me ver recair após inúmeras juras, de te ver me amar...
Eu te perdi... aliás, eu nem tive tempo de te ganhar, mas permaneci em negação, como quem espera por um milagre que no fundo sabe inalcançável. Hoje caíram e acabaram todas as fichas. Não há mais desculpas, não há mais motivos para tentar justificar para mim mesma que de outra forma poderia ter sido diferente. Poderia, claro que poderia. Mas a única coisa capaz de fazer a diferença, é algo que em mim sobrou e em você inexistiu, AMOR. 
Alce voo, principezinho!! Que sejam doces os caminhos que te esperam, pois a casca aparentemente dura esconde apenas um menino. Para mim tu sempre serás único no mundo.

sábado, 17 de novembro de 2012

O que é feito para durar...

Sabe aquele castelo de cartas, que você meticulosamente vai construindo, com movimentos sucintos, cuidadosos... e de repente uma rajada mais forte de vento sopra e desfaz? Pois é, a metáfora exata.
É assim que eu me sinto, como quem destruiu um castelo que já  havia ganhado proporções importantes, sinônimo de resistência. Sinto-me como se eu tivesse sido o próprio vento, ou parte deste.
É sabido que todos temos fraquezas, aquilo que desmonta os mais fortes, que faz sentir-se inútil o maior vitorioso. E ouça,  você será minha eterna sensação de fracasso. Brinco comigo mesma dizendo: Ainda que eu (estudante de Direito), me torne juíza, desembargadora, ainda que eu alcance o mais alto grau da magistratura, e seja membro do Supremo Tribunal Federal... mesmo estando hoje, com muito esforço e mérito, conquistando meu espaço, é assim que eu me sinto, é assim todas as vezes que você se atreve e eu sucumbo. Por isso a certeza de que deveríamos ter ficado cada um em seu lugar, leia-se, longe.
À parte de qualquer especulação, perguntas que nunca foram respondidas, eu sei, nós dois sabemos exatamente aqueles a quem podemos "pegar" sem nos apegar, e não é o caso, pelo menos não no que refere-se a mim, mas posso, todavia, manter distância, entender o NADA já que sabemos que entre nós, o TUDO não existe, na verdade nunca existiu.
E eu já desisti das perguntas, sabe. Certa vez ouvi de você: - Por que as pessoas têm medo da verdade?
Eu respondi: - Algumas coisas não precisam ser ditas, já estão implícitas.
E hoje, pensando melhor nossa história, percebi que temos mesmo medo da verdade. Cada um à sua maneira, de coisas diferentes, em graus diferentes... veja você, eu te confesso, tenho medo mesmo, mas ainda assim, atrevo-me a enfrentá-lo quando indago questões que se respondidas trariam sofrimento... talvez o meu medo seja um pouco menor que o seu, que apesar das parábolas e frases soltas, nunca ousou olhar-me nos olhos e com firmeza sanar minhas dúvidas, e calando destrói, tendo o silêncio como arma.
Dizem que a primeira impressão é a que fica. Ratifico acrescentando que mais importante que  a primeira impressão, é a última.  Por isso, desgraçadamente quero que como última ratio e rácio, fique outra lembrança, que não aquela. Quero de verdade que alguém consiga romper todo esse gelo, acordar o bobo que você supõe ser quando apaixonado, e que eu nunca saberei como é, a não ser de ouvir falar.
Que alguém consiga ser para você, o que apesar de muito empenho, para mim nunca esteve acessível... afastou-se sempre vinte ou mais passos, a cada dez que eu conseguia trilhar.

I´M SO SORRY... pelo tempo, por mim, pelo nós que NUNCA houve.



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Partamos da ideia de que fomos feitos para somar e não substituir ou subtrair. Me parece pequenez de espírito e coração, principalmente, aqueles que tratam as pessoas como fossem objetos, aquele celular que 'saiu da moda' e precisa ser substituído à medida que novos modelos são lançados. Mas gente é sentimento, não é objeto, inanimado, gélido, vazio... o nosso coração tem o tamanho que o atribuímos, e esse crescimento não é estanque, é contínuo, progressivo. Há sempre espaço para mais um. E cada um tem sua importância. Gosto de ver e conhecer gente, nunca 'exclui' ou deixei de 'adicionar' alguém, por falta de espaço, meu coração tem gigas infindos, e eu sei que cada um tem um anti-vírus específico. Uns me curam o tédio, outros a minha necessidade de ser ouvida, aquele me faz sorrir, mesmo em momentos difíceis, ela é minha confidente, ele me oferece o ombro pra chorar... e vice-versa, tenho tudo isso e tento também ser tudo isso para auxiliá-los naquilo que for necessário quando eu sentir que devo ou ser solicitada. E assim a gente cresce, aprende a dar mais sentido, se esgueira feito um rio, torna-se mais maleável, aprende a falar menos... vai moldando e sendo moldado, dando e recebendo amor, pois haveria sentido se assim não fosse?! Parte-me o coração às vezes lembrar de pessoas que conheci dentro do ônibus, na rodoviária, na fila do supermercado, aquele colega que passou no vestibular para outra cidade, a moça que limpava o prédio em que eu morava, em outra cidade... com algumas convivi certo tempo, com outras apenas conversei, por um curto espaço de tempo, mas ainda assim, ganharam minha afeição, e eu perco horas lembrando, e me entristeço com a ideia de que muitos deles eu não mais verei, por conta de todas as circunstâncias da vida. Por isso, àqueles que tenho perto, não me descuido, nem desisto deles (ainda que às vezes dê vontade). Que seja um scrap ou um sms, um bate-papo de quatro frases, só para saber se está bem, não importa. Importa mais que saibam que são importantes e lembrados, porque quem é colocado em nosso caminho, não vem por acaso, traz consigo um propósito. E crendo nisto, não nos cabe excluirmos propósitos, cabe-nos saber a dimensão de algo chamado coração, aprendendo que cada um que passa por nós tem um espaço diferenciado, e que o maior propósito do convívio com o outro, é aprender a AMAR.

domingo, 16 de setembro de 2012

Sobre a efemeridade da vida...

Engraçado como apesar de sabermos exatamente a que destino caminhamos, e que este é incerto, podendo cessar a qualquer momento, passamos a maior parte de nosso tempo como se ignorássemos o fato de que tudo que é vivo, morre. E isso possibilita-nos males e bens. Aquele que vive atormentado pela possibilidade da morte iminente, privando-se de tudo, numa tentativa desesperada de poupar-se, proteger-se, acaba por desenvolver complexos, distúrbios e muitas vezes morrem em vida. Contudo, há aqueles que não se dão conta do quão efêmera é a nossa passagem pela terra, e agem como se tivessem a eternidade, deixando tudo para amanhã que às vezes não chega. A visita à família, o abraço no amigo, um "eu te amo" postergado há tempos, um fim de tarde com os amigos, em qualquer lugar, jogando conversa fora... isto para quem vai e para quem fica.
Um dia é chegada a hora, e a morte não manda aviso prévio, infelizmente. Ninguém carrega escrito na testa quando ou por que vai, hoje estamos aqui dançando, sorrindo, dispostos, saudáveis, amanhã poderemos não estar mais aqui.
Não se espera que sejamos bitolados com a ideia fixa de fim, vivendo como se estivéssemos numa constante despedida. Todavia, seria interessante encontrarmos uma equidade de conduta, para que mesmo sendo humanos, incapazes da dosagem exata, ao partirmos, deixássemos as menores lacunas possíveis. É uma via de mão dupla, onde só nos cabe o controle de nossa própria via, e talvez uma pitada de interferência na alheia, mas de maneira sucinta e indireta. Por certo, ao longo de nossas vidas até o final dela, deixaremos alguém partir sem despedida, e partiremos sem nos despedir de alguém.
Levaremos sentimentos ocultos, palavras, abraços... nutridos por muitos. E muitos levarão por nós. Mas, deixando um pouco de lado esse clima quase póstumo, substituindo-o prontamente pelo otimismo que faz-nos certos de uma vida longa e proveitosa, sigo e assim prefiro, viver "intempestuosamente", ou seja, intempestiva e impetuosa, declarando meus amores, ganhando e distribuindo abraços e sorrisos, bom-dia e carinho, e às vezes meio ríspida, dizendo verdades que nem sempre são bem aceitas, mas necessárias, vivendo... sem bancar a "vida loka", mas também sem vegetar. Quero no mínimo, que todas as pessoas que amo tenham conhecimento da existência e intensidade do meu AMOR.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A gente esquece por um tempo, ou pelo menos finge.
E depois cutuca, cutuca para ver sangrar...
E levanta a cabeça, para não cair nem a coroa,
nem as lágrimas...
E não adianta, a gente chora e sofre.
Eu não fui feita para ser decepcionada, definitivamente.
Conto de fadas estranho, parece que não tem fim nunca.
O príncipe continua sob o feitiço maligno, está demorando
muito para a bruxa ser desmascarada.
E enquanto isso a princesa sofre e sofre...


Te espero no Farol, pra ver o sol se pôr... 8)
Isto é uma promessa!

Boa noite amor, durma com Deus!
Eu te amo!