domingo, 13 de março de 2011

Sonhos possíveis



As mais memoráveis realizações humanas, observadas ao londo de sua existência, partiram do anseio de homens e mulheres, que individual ou coletivamente tornaram concreto o abstrato, transformando ideias em feitos visíveis, palpáveis.
O ato de sonhar, pressupõe melhoria, avanço, impede o indivíduo de estagnar-se, evitando assim o conformismo, tão atual e nocivo, tendo em vista a necessidade de mobilização em torno de questões preponderantes no âmbito social, econômico e político.
Num dos mais indeléveis discursos da história, proferido por Martin Luther King, uma das mais marcantes frases foi: "I have a dream", um sonho de liberdade, igualdade, dignidade e respeito, coletivo e secular, partilhado com Zumbi, que através de Palmares deu forma à resistência africana, com cada membro de uma sociedade, espectadora de preconceitos velados e disparidades de classes, geradoras de exclusões.
O sonho como devaneio, fuga à realidade por si só não apresenta-se como modificador social, todavia quando designado elemento propulsor de ações, transforma-se numa poderosa arma, ainda mais eficaz quando engloba o coletivo em torno de interesses comuns.
As vozes que um sonho mútuo ecoa é capaz de destituir tiranos, findar guerras, emudecer preconceitos, retomar direitos usurpados, assegurar a liberdade indistinta e constitucionalmente prevista.

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