sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dizem que elas são o princípio da sabedoria'


Sempre fui acometida por desejos nada convencionais; Noutro dia, vi postado no microblog twitter algo que define e bem o que eu sinto às vezes. De Fernando Anitelli e Galdino, não saberei transcrever fielmente, era mais ou menos assim: "Vou armar minha rede nas nuvens". E que bom seria, decodificar meus pensamentos, que gritam, entender meus anseios, incompreendidos, outrora sequer percebidos.
A ideia de que as histórias apenas repetem-se, cópia fiel, exceto pelos personagens, que sempre mudam, me assusta, retarda... pessoas me poem contra a parede sem querer, querem respostas que não tenho, decisões que não sei tomar.
Grito, o típico, casual, grito o silêncio (o mais difícil), necessita de toda minha potência vocal, mais é inaudível... acham que me entendem, por querer me julgam, sem vontade me encrustam no peito como mágoa, decepção... e eu, ah, eu tento de todos os recursos, fazê-me compreendida, desculpada, perdoada, muitas vezes nem sei porque.
E isso tudo junto, corrói por dentro, e eu, queria ir embora, de tudo, de todos, daqui...
Penso que não sei o que quero, quero o que não sei se posso querer.
É bem mais fácil escolher quando temos caminhos concretos.
Tenho medo de ter e medo de perder. Nada tem de confortável em ser quem escolhe, muito menos, em ser a possível escolha. Falo, eu sei. Hoje eu sou a primeira opção, inundada de dúvidas, outrora fui quem emprestou os olhos, numa tentativa de tornar mais fácil o caminho, a decisão... o que nos difere, é que o meu algoz, encontraria portas abertas, independentente da direção.
Sim, estão certos, a escolha não fui eu. E querem saber, eu nunca soube se foi a decisão mais acertada, se há arrependimentos e afins... mistério!
Muito mais que o egoísmo tipicamente humano, que cutuca o ego, e camufla-se com a denominação de 'medo de perder' (Deixemos de hipocrisia), me incomoda, avexa meu ser, a possibilidade de escolher um caminho e abster-me de todo do outro... pessoas, fotos, lugares, objetos, sorrisos, lembranças, minhas incompráveis lembranças...
Mania de achar que porque mudou não deu certo, deu, claro que deu, e continuará sendo assim, mesmo que em outros moldes...
Quero transformar, mudar denominações, alterar postos, celebrar, rememorar sem dor, sorrir inesperado, reminescências de minha alma... são Histórias, não estórias. Não são para serem descartadas, como fossem inúteis, sem importância... são antes para serem guardadas, no mais íntimo de nós, envolvidos na mais pura sêda, um porta-joias cravado de brilhantes, enfeitado de pérolas, o meu tesouro.
Findo-me, assim, simples, pouco técnica, sem pretensões... nada mais que uma mulher, com icógnitas bem adolescentes, transcrevendo íntimas inconfidências.

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